29 de março de 2017

RESENHA | Battle Royale — Koushun Takami

Título: Battle Royale
Título Original: Batoru Rowaiaru (Battle Royale)
Autor: Koushun Takami
Editora: Globo Livros
Páginas:
663
Lançamento: 2014
Onde comprar:
Buscapé
 
Sinopse:
Battle Royale é uma pulp riff insanamente divertida [...]. Ou talvez só insana. Quarenta e dois estudantes japoneses, que acreditam estar partindo para uma excursão de escola, são largados em uma ilha, equipados com armas, de metralhadoras a garfos de cozinha, e forçados a lutar entre si até que apenas um sobreviva.” STEPHEN KING, ENTERTAINMENT WEEKLY
Em um país totalitário, o governo cria um programa anual em que uma turma do ensino fundamental é escolhida para participar de um jogo. Os estudantes são levados para uma área isolada, onde recebem um kit de sobrevivência com uma arma para se proteger e matar os concorrentes. Uma coleira rastreadora é presa no pescoço de cada um deles. O jogo só termina quando apenas um estudante restar vivo. Ao final do Programa, o vencedor é anunciado nos telejornais para todo o país. As regras do jogo foram criadas de maneira que não haja uma forma de escapar. E a justificativa da matança é mostrar para a população como o ser humano pode ser cruel e como não podemos confiar em ninguém — nem mesmo no nosso melhor amigo de escola. 

Battle Royale foi publicado em 17 países e é considerado o inspirador de Jogos Vorazes.

Opinião:

O que dizer de um livro desses... Simplesmente fantástico!

A escrita é intensa, a história é ao mesmo tempo cruel e fascinante, há muita morte, sangue, violência, conflitos tanto físicos quanto emocionais. Os personagens são muito bem construídos e destruídos, nenhum é ignorado. Há algumas referências da cultura popular nos diálogos, principalmente à música e aos esportes, o que faz do livro ainda mais completo.
“As letras são fantásticas. Não sei descrever bem, mas o rock realmente expressa nossos problemas. Claro, as letras também falam de amor, mas às vezes podem ser sobre a política ou a sociedade, ou a formas como vivemos, ou sobre a própria vida. Juntamente com as palavras, a melodia e o ritmo ajudam a transmitir a mensagem. [...]” — Pág. 264
Pelo livro ter sua origem no Japão, e ter muitos personagens, que ainda por cima tem nomes completamente diferentes dos habituais, achei que seria uma leitura um pouco difícil. Mas foi engano total, pois a leitura flui como o sangue após um ferimento a bala, as 663 páginas da edição brasileira são devoradas instantaneamente, não há como pausar a leitura. Muita coisa acontece em pouco espaço de tempo. A em média uma morte a cada 15 páginas. Mas o sangue não para de ser derramado em nenhum momento, as páginas chegam a ficar ensopadas dele.
O autor Koushun Takami é, sem dúvida, ao meu ver, um mestre da literatura não só japonesa mas mundial. Por mais que tenha lançado um único livro em toda sua carreira, ele fez um trabalho magnífico, sua escrita é genial, o texto é bem articulado e não consegui ver nenhuma ponta solta ao longo da leitura, tudo foi resolvido... e muito bem resolvido por sinal! A única coisa que poderia ser mudada é a faixa etária dos personagens, que tem cerca de 15 anos, mas que poderiam ter pelo menos 18.
“[...] Não se preocupe com coisas que não dependem de você. Faça o que está a seu alcance mesmo que as probabilidades de sucesso sejam inferiores a um por cento.” — Pág. 379
O livro foi lançado no Japão em 1999, porém só foi traduzido e lançado no Brasil no ano de 2014, pela Editora Globo Livros. A tradução, feita diretamente do japonês por Jefferson José Teixeira, ficou impecável. A Editora também caprichou bastante na edição brasileira. O livro, sem sombra de dúvidas, tem uma das capas mais lindas da minha estante. O acabamento editorial foi muito bem elaborado e trabalhado, na escolha dos materiais, cores, fontes, entre outros detalhes. Encontrei apenas dois erros na diagramação, mas que podem passar despercebidos e não afetam de forma alguma a leitura e o entendimento da frase em que estão inseridos. Esse livro recebe
BookTrailer:

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